Sobre a Daz Roupaz
O que esperar de uma empreitada de duas irmãs – uma publicitária e a outra advogada? Certamente uma agência com contratos bem feitos ou um escritório com um design super moderno. Certo? Errado
Julia, 24, estava morando em Nova Iorque, e a irmã Gabriella, 26, em Tel Aviv. Um restaurante, então, que pudesse juntar os paladares de cada cidade? Também pareceu mais do mesmo.
O que as irmãs perceberam, à época, é que fosse na capital mundial do consumo ou na capital mais moderna do Oriente Médio, não havia modernidade no consumo de roupas. Em uma era ecologicamente responsável – ou pelo menos tentando ser ecologicamente responsável, pouco se fala do consumo consciente no mercado de roupas.
Você enjoa daquele pretinho básico ou do amarelo chamativo, você engorda alguns quilinhos ou emagrece outros. Não importa o motivo, deixamos de lado inúmeras peças de roupa, que acabam ficando cada vez mais embaixo na pilha do armário.
E foi aí, embaixo dessa pilha toda, que Julia e Gabriella decidiram qual seria o nicho certo para empreender – que tinha mais alma e sentido do que as opções acima ou do que as limonadas e bijuterias que vendiam quando pequenas.
Tudo começou com a própria pilha de roupas das irmãs, que enchiam malas e vendiam nos cabeleireiros do bairro. Clientes felizes e empoderadas, que passaram a gastar pouco dinheiro para vestirem-se bem foi o que motivou as irmãs a aumentar o portfólio, e passaram a vender também as roupas das amigas. As roupas de um, as roupas de outro, as meninas das roupas. Nascia assim a marca Daz Roupaz, de pequenos bazares em cabeleireiros à box de shopping multimarcas, e de lá para a simpática casa em Pinheiros.
Hoje a loja da Daz Roupaz recebe aproximadamente 400 peças por dia. Mas engana-se quem pensa que as peças ficam paradas: não há quem resista à uma comprinha quando entra no recinto, principalmente porque as irmãs, apaixonadas por moda e estilo, adoram ajudar na elaboração dos looks e a montar o visual completo para cada ocasião – e o melhor: tudo à um preço extremamente acessível. No final, essa mistura eclética entre publicidade, direito, Oriente Médio e Tio Sam fez da Daz Roupaz exatamente o que Gabriella e Julia pretendiam: uma marca de consumo consciente onde todas mulheres tivessem, a preço acessível, a possibilidade de arrasarem em seus estilos.
